Essa semana o UOL entrevistou alguns dos principais candidatos militares do Brasil. O suboficial Bonifácio foi um dos procurados pela publicação. Com seus 15.3 mil votos obtidos em 2018 e um perfil conservador o militar, que disputa voto de uma categoria essencialmente bolsonarista, acaba sendo uma das principais opções para que o público militar eleja um representante ligado aos graduados das Forças Armadas no Rio de Janeiro.
O pré-candidato também foi citado pela Revista Sociedade Militar, publicação especializada em pessoal militar. A revista fez uma chamada interessante, citando a polarização que no campo político hoje existe entre praças e oficiais.
Hoje na reserva, o suboficial Bonifácio tem experiência acumulada por conta das lutas que travou e punições a que foi submetido por ainda na ativa ter lutado para chamar a atenção da sociedade sobre os problemas enfrentados pelos militares de baixa patente, principalmente as questões relacionadas a salário e atendimento médico.
“Conservador não significa relutante, aquiescente ou subserviente”, diz o militar.
Bonifácio comentou sobre a disputa entre base e cúpula no que diz respeito ao protagonismo político. Ele diz que a situação não é nova e que apesar das forças atuarem tranquilamente no quesito cumprimento da missão, a disputa política não é nova, a cúpula sempre se mostrou insatisfeita com as tentativas dos graduados de buscar representação política.
“A base sempre teve dificuldade de alcançar os direitos, isso não é novo. Todos nos lembramos da revolta da Chibata… movimento dos sargentos …”
Ele avisa que defende uma candidatura conservadora para Presidente da República, que é Jair Bolsonaro. Diz que está pronto para apoiar o presidente, mas que isso não implica em concordar com tudo e simplesmente dizer sim para todas as ações do governo, principalmente aquelas que influenciam na vida dos militares e pensionistas das Forças Armadas.
“É um ótimo governo, mas cabe ao deputado federal fiscalizar o Executivo… e farei isso. Apoiaremos no que for correto e lutaremos para mudar o que está errado. Só quem começou lá de baixo – como eu – sabe de fato o que nós precisamos. “
Veja um esboço de questões em discussão na elaboração da campanha do Suboficial Bonifácio, que é pré-candidato pelo Patriotas.
Suboficial Bonifácio pré-candidato. Precisamos discutir sobre isso, ajude-nos a montar nosso programa de trabalho voltado para a família militar
Caminhamos por princípios conservadores e apoiaremos candidatos conservadores, de direita. Nesse momento apoiaremos Jair Bolsonaro. Nossa campanha é independente, não somos arrastados para a eleição por um candidato de grande expressão justamente para não ficarmos “devendo favor”. Como pessoa sensata aplaudimos o que for feito de correto e lutaremos para mudar o que for feito de errado.
Começamos nossa carreira militar na mais baixa graduação e por isso temos conhecimento de todos os problemas que nos afligem. Quem não conhece a nossa vida e a nossa luta não tem como nos representar.
Propostas em discussão.
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1 – Projeto de lei – Se o ministro da defesa é um órgão político, independente do viés ideológico do presidente da república, não há motivos para impedimento para que membros de todos os círculos hierárquicos sejam convidados para participar de discussões sobre salário.
Isso deve e pode ser colocado em uma lei, como não é norma / legislação que diz respeito a salário e organização das Forças Armadas não tem necessariamente que partir do poder Executivo.
2 – Todos as propostas para reajustes em cursos e criações de novos cursos para os militares da ativa devem – no que diz respeito ao adicional de habilitação – prever equiparação com cursos realizados pelo pessoal da reserva remunerada de acordo com postos e graduações equivalentes. Mudanças na legislação devem ter como pilar os princípios paridade e integralidade.
3 – Militares pré-candidatos tem que ter seus requerimentos analisados e devem ser liberados para suas campanhas de acordo com o que prevê a legislação eleitoral, qualquer atraso coloca o militar em situação de prejuízo em relação aos outros pré-candidatos que já iniciaram seu programa.
4 – A saúde militar não é de graça, não é um presente dos oficiais generais. Todos os militares pagam e – portanto – são clientes. Apontar erros e exigir tratamento igualitário entre todos os pacientes não é pedir demais, é apenas desejar justiça.
Militares na ativa tem obviamente precedência hierárquica, mas militares na reserva, pensionistas e dependentes não podem “entrar na frente” um dos outros por conta de hierarquia. A precedência nos hospitais militares deve se dar por ordem de gravidade do problema de saúde.
5 – Nos julgamentos de praças na Justiça Militar da União de primeira instância sempre deverá existir pelo menos dois militares na graduação de suboficial ou subtenente, mais antigo que o réu, nos conselhos de justiça.
… mais propostas em elaboração.
Equipe do Suboficial Bonifácio – Pré-candidato para Deputado Federal pelo Rio de Janeiro
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