Você precisa entender o que está acontecendo na política ligada à família militar. É algo muito perigoso que pode acabar de vez com os nossos direitos, que aos poucos vem sendo tirados.
A briga pelo voto militar começou bem antes das eleições e – mesmo dentro da direita e da sociedade militar como um todo – há uma disputa entre topo e base. Oficiais generais que pretendem se candidatar pela nossa ótica estão já tendo o terreno preparado para sua caminhada política.
Com a iminente candidatura de um general para Deputado Federal por um partido do Rio de Janeiro, oficial que pretende captar votos da família militar carioca, competindo com diversos militares – candidatos também conservadores – mas ligados às camadas médias e base das Forças Armadas, já percebe-se um endurecimento sobre os clubes frequentados por graduados.
Soubemos por amigos que frequentadores das áreas de recreação de sargentos e subtenentes na Vila Militar no Rio de janeiro, onde se concentram as praças nos finais de semana, receberam por meio das redes sociais um aviso de que – em pleno ano de eleição – não será mais permitido manter conversas políticas ou manifestar sua opinião dentro das dependências do clube.
“O que vem a ser afinal uma manifestação político partidária, posso falar que voto no Bolsonaro, no general fulano mas não posso falar que voto em outro candidato, em um sargento? Posso ir com minha camiseta de Bolsonaro? Eu sou Bolsonaro, mas e o amigo que é Ciro? Tem que esclarecer afinal o que vem a ser isso… tem que ver isso, o general Pazuello na ativa e no palanque foi então uma manifestação político partidária? E não foi punida por qual motivo?”… Diz um sargento, que não será identificado por motivos óbvios.
Um dos últimos pré candidatos com potencial eleitoral presentes à eventos na Área de Recreação de graduados ne Vila Militar do Rio de janeiro foi o suboficial Bonifácio. Foi um evento promovido por militares dos quadros especiais, categoria extremamente injustiçada nas três forças armadas.
O militar, que tem sido mencionado como o principal e potencial adversário ligado à direita, em contraposição ao general Pazuello, declarou que na ocasião recebeu os cumprimentos de dezenas de pessoas pelos mais de 15 mil votos recebidos em 2018, mas que não fez nenhum discurso ou nada que pudesse ser apontado como campanha dentro da instituição.
“sobre manifestação político-partidária, não fiz nenhum discurso e quanto a manifestar minha opinião política eu fiz o que sempre faço, repeti que sou conservador, que não admito que princípios como pátria, família e verdade sejam roubados da sociedade brasileira e que não abro mão das nossas pautas ligadas à saúde, salário, jornada de trabalho… ” .
Em uma varredura nas páginas do Clube NavaL e Clube Militar não conseguimos identificar nenhuma espécie de advertência com o objetivo de dissuadir “manifestações político – partidárias” na instituição, que vez por outra convoca os associados para passeatas de rua.
Conteúdo da página pessoal do Suboficial Bonifácio