Problemas graves encontrados nos hospitais Militares. “Precisamos de menos hierarquia e autoritarismo e mais transparência e humanidade”

Um dos motivos de indignação mais presentes entre militares das Forças Armadas é a questão do atendimento em hospitais militares. É obvio que há profissionais de altíssimo nível e o atendimento em muitos locais é muito bom, sobretudo em emergências. Mas, há muito o que melhorar. Por exemplo, hoje quem precisa marcar um exame de imagem em um hospital militar, como o Marcílio Dias – da Marinha, pode ter que aguardar por meses seguidos.

Várias esposas de militares questionam se não seria um extremo de hipocrisia insistir para que se investigue rapidamente qualquer sintoma estranho em mulheres, extremamente propensas a tumores malignos nos seios, úteros, ovários etc., mas quando as mesmas buscam atendimento em hospitais e clinicas militares os exames podem ser marcados para meses depois.

Abaixo notas fiscais mostradas por uma dependente de praça que – com suspeita de um tumor maligno se desenvolver rapidamente – acabou tendo que realizar exames bastante dispendiosos por conta própria em laboratórios particulares, o total dos três exames, um deles uma ressonância, ultrapassou a casa dos mil reais.

Para o suboficial Bonifácio, pré-candidato para deputado federal, é necessário que as instituições publiquem mensalmente em seus sites a listagem de gastos, constando inclusive o que é gasto com oficiais e praças, detalhando também eventuais gastos com festas, coquetéis e cerimônias militares que podem estar “sugando” recursos que deveriam ser utilizados em saúde.

Para o militar, isso pode ser colocado em uma lei e é da alçada de um deputado federal.

“Quem é militar será militar a vida inteira e invariavelmente terá que ser atendido em um hospital militar. Precisamos de menos hierarquia e autoritarismo e mais transparência e humanidade”, diz

Bonifácio foi muito criticado pela cúpula militar por ter em campanhas passadas mencionado que vai lutar contra a discriminação entre oficiais e praças nos hospitais militares.

“paciente é paciente… se estiver na ativa e fardado tem hierarquia, mas na reserva e dependentes são todos pacientes e devem ser atendidos por ordem de chegada ou de gravidade da doença”… disse o pré-candidato.

A ousadia lhe rendeu uma dificuldade imensa para que fosse licenciado para a candidatura passada. Quando partiu para a campanha, já atrasado, depois dos outros candidatos e graças ao apoio de advogados, Bonifácio conseguiu ainda conquistar 15.5 mil votos.

Faltou pouco para ser eleito.

Equipe do Suboficial Bonifácio

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